Deggial

É muito difícil escrever sobre um disco que já foi muito comentado. Aguardado com muita impaciência por muitos fãs, Deggial não desapontou. Uma coisa é certa, esse disco é uma obra genial. É completamente diferente do poderoso "Theli", ou "Vovin", que são cheios de energia e melodias lindas. Esta música passa tristeza, escuridão, e dor. É como se fosse uma ópera monumental da escuridão do que metal-sinfônico comum. Tem vozes, instrumentos, ecos, etc.
No Deggial, ouvimos mais música sinfônica, que inclui instrumentos de corda, flautas, oboés, enormes bumbos, misturados com linhas vocais sublimes (baixos, sopranos, altos), e arranjos clássicos. As guitarras pesadas estão menos freqüentes. Elas geralmente servem apenas de pano de fundo para os poderosos corais e pra orquestra. A inovação está nas onipresentes guitarras acústicas. Esse disco é absolutamente perfeito em cada aspecto da gravação. Cada voz e instrumento estão perfeitamente audíveis. (o custo da gravação foi de 100.000 DEM). Uma coisa bem interessante é a versão "Therionizada" da canção clássica "O Fortuna" de Carl Orff...ficou maravilhosa (primeiro pelas guitarras pesadas, depois pelos instrumentos de corda, bateria e coral). As letras obscuras em todas as composições falam da mitologia de muitos países. Elas estão cheias de contos sobre deuses, sonhos, ritos esquecidos, etc.
Esse trabalho sublime e monumental de Christofer Johnsson provavelmente será o melhor candidato à disco do ano de 2000 (mas fico em dúvida sobre qual categoria: metal clássico com corais?). Cheio de beleza, tristeza, e magia, o disco leva o ouvinte à um universo louco e obscuro. Velhos deuses dançam pela noite, o céu está em chamas, criaturas blasfêmicas vivem entre os mortais novamente...
PS: Eu recomendo aos fãs de música clássica e de corais à ouvirem esse disco! Vale muito a pena!

Miki(S)

Traduzida por Paulo Squarsoni
Comunidade brasileira do Therion no orkut